Lidar com as lombrigas nos gatos

Publicado por Kara Murphy
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Não há dúvida: as lombrigas são parasitas repugnantes. Infelizmente, não são raros nos animais de companhia, incluindo os gatos. Mas o que são as lombrigas? São contagiosas? E, a pergunta mais importante, o que fazer para eliminá-las?

O que são lombrigas?

As lombrigas são brancas, longas e achatadas. Estes parasitas têm uma boca em forma de gancho, que se fixa na parede do intestino delgado, que absorve todos os nutrientes que o gato ingere. Podem atingir os 50 cm, embora a maioria tenha cerca de 20 cm quando alcança a fase adulta. À medida que a larva se torna adulta, ela começa a soltar uns segmentos de si mesma – a que os cientistas designam por "proglotes". As proglotes, têm o tamanho de um grão de arroz, e soltam-se do corpo do parasita para saírem pelas fezes do gato.

Os gatos podem apanhá-los de diversas formas. A forma mais comum é através de pulgas. As larvas da pulga podem estar infetadas com lombrigas. Se o seu gato ingerir alguma pulga infetada, esta poderá transmitir uma pequena larva ao seu gato, que posteriormente irá atingir a fase adulta. Existe outros animais que também podem ser hospedeiros, como os esquilos ou os ratos.

Como é que as lombrigas podem afetar o seu gato?

A presença de lombrigas em gatos não é agradável, porém os veterinários consideram a sua eliminação simples. De acordo com o Drake Center for Veterinary Care, a sua presença não provoca grandes efeitos negativos ao animal. Assim sendo, se o seu gato estiver com lombrigas, um dos sinais clínicos que pode observar é uma redução do seu peso corporal, pela absorção de nutrientes por parte destes parasitas. Além disso, raramente, o parasita pode-se libertar da parede intestinal e deslocar-se para o estômago do gato. Quando isto ocorre, o seu gato pode vomitar o parasita, que consequentemente chama a sua atenção por não saber que o seu animal de companhia pode estar infetado.

Como pode saber se o seu gato tem lombrigas?

Claramente, que se o seu animal de companhia estiver a vomitar partes de parasitas é um ótimo indicador. Outro sinal de que o seu gato pode estar com lombrigas é a inexplicável perda de peso, embora o sinal mais comum seja a presença de proglotes nas fezes. Pode observar estes segmentos nas fezes do seu gato ou perto da região do ânus com a aparência de um grão de arroz, que pode conter ovos. As proglotes podem também provocar uma irritação na pele, provocando comichão no seu gato, contudo este efeito é mais frequente em cães.

Veterinarian checking on a cat in a cat carrier.

Qual é o tratamento para eliminar lombrigas em gatos?

Felizmente, o tratamento para parasitas em gatos é muito simples e eficaz. Se o seu gato estiver com lombrigas, o veterinário dar-lhe-á um desparasitante. Normalmente, os desparasitantes são orais, embora também possam ser administrados através de uma injeção.

Os desparasitantes atuam no intestino como forma de eliminar todos os parasitas existentes. Quando o parasita já tiver sido eliminado, deixará de observar a sua presença nas fezes. Geralmente, os desparasitantes não causam efeitos colaterais adversos ao seu gato, como vómitos ou diarreia.

O objetivo é que o seu gato nunca chegue a ser infetado por parasitas. Para isso, pode administrar desparasitantes para o controlo das pulgas e manter o seu gato dentro de casa. As larvas não se transmitem por si só com o vento, mas são transmissíveis - através das pulgas - de animal para animal e, em casos raros, para humanos. Da mesma forma que no gato, se o cão também ingerir uma pulga contaminada enquanto estiver a coçar-se, pode adquirir lombrigas. Os humanos podem, também, ficar infetados se ingerirem alguma pulga.

Existe mais que um tipo de lombriga?

Existem dois tipos principais de lombrigas planas. Segundo o Centro De Controlo E Prevenção De Doenças (CDC), a mais comum, e a que abordamos ao longo deste artigo, é cientificamente conhecida como Dipylidium caninum.

A outra - que é a mais perigosa e a mais rara - é designada por Echinococcus. Segundo o CDC, a equinococose quística (ou CE, sigla em inglês) é causada pela ingestão do parasita Echinococcus granulosus sob a forma de quisto hidático, que pode ser detetado em cães, ovelhas, grandes ruminantes, cabras e porcos.

"Embora muitas infeções humanas sejam assintomáticas, a equinococose pode originar a formação de quistos com um crescimento lento e bastante prejudiciais para o fígado, pulmões e outros órgãos, onde se podem desenvolver sem nunca gerar sintomas". afirma o CDC.

Além da Echinococcus granulosus, também existe a Echinococcus multilocularis, que causa equinococose alveolar (EA). Este parasita pode ser identificado em raposas, coiotes, cães, gatos e pequenos roedores. Os casos em humanos são raros, mas bastante graves, causando tumores parasitários no fígado, pulmões, cérebro e outros órgãos. Segundo o CDC, a equinococose alveolar pode ser fatal se não for tratada. Contudo, felizmente, é bastante raro. De facto, um estudo publicado pela PLoS Neglected Tropical Diseases encontrou apenas 41 casos de morte relacionados à equinococose nos Estados Unidos entre 1990 e 2007.

Outros parasitas em gatos

As lombrigas planas são um dos tipos mais comuns de parasitas que se pode encontrar em gatos. Segundo o International Cat Care, existe outros tipos de parasitas que podem infetá-los, entre os quais:

  • Lombrigas redondas: os mais comuns em gatos. Os gatinhos podem ser infetados através do leite materno. Por outro lado, os gatos adultos podem ficar infetados pela ingestão de roedores que estejam contaminados.
  • Anquilostomas: embora sejam mais comuns em cães, os gatos também podem ser contaminados por este tipo de parasitas. Os anquilostomas são pequenos e, como as lombrigas planas, vivem no intestino delgado, alimentando-se do sangue do animal, que consequentemente pode provocar uma anemia. Os animais podem ser infetados pela ingestão de parasitas ou contato com a pele.
  • Parasitas não intestinais: os parasitas que se alojam nos pulmões, no coração ou nos olhos são outros três tipos de parasitas que habitam em regiões do corpo fora do trato gastrointestinal.

Pensar nos parasitas que podem viver dentro de um animal pode causar apreensão, mesmo nos tutores com menos suscetibilidade. Felizmente, embora sejam muito desagradáveis, é relativamente simples a sua eliminação e geralmente não perigosos para o gato. A melhor coisa que pode fazer é mantê-lo sempre sob vigilância; uma mudança repentina no seu comportamento pode ser a forma do seu gato dizer que não está bem. É por isso que as consultas de rotina são muito importantes.

Biografia:

Kara Murphy Contributor Bio Image

Kara Murphy

Kara Murphy é uma escritora freelancer que vive em Erie, na Pensilvânia e tem um cachorro chamado Maddie.